O quadro Meio Ambiente do programa Bom Dia Rio de hoje, na TV Globo, reforça a versão institucional/governamental sobre o Comperj e seu emissário terrestre/submarino, ao ressaltar impactos "positivos" dessas obras, atenuar os negativos e desprezar opiniões contrárias. Trocando em miúdos, jogou confete no complexo petroquímico, na Petrobras e no emissário.
Contando com a participação do economista Sérgio Besserman, do ambientalista Vilmar Berna e do secretário de estado do ambiente, Carlos Minc, o vídeo de aproximadamente 10 minutos sequer menciona a insatisfação popular com a escolha do litoral de Maricá pela Petrobras para descarte dos efluentes do Comperj. E muito menos consulta qualquer representante dos movimentos sociais que vem sistematicamente questionando esta escolha (alguns há mais de um ano), o Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento, seu projeto e a omissão da alternativa que melhor se adequaria a este caso: o reúso total de efluentes e o descarte zero.
Enfim, parece que a Rede Globo mais uma vez manipulou a informação de modo a teleguiar seu público e assim supostamente atender interesses próprios e de aliados.
Não é à toa que vem crescendo um movimento de repúdio a algumas equipes de reportagem dessa emissora, quando o assunto diz respeito a demandas populares (como no abusivo aumento das barcas, na cobertura das reivindicações dos bombeiros, etc.). O slogan "o povo não é bobo, fora a Rede Globo" está ganhando cada vez mais sentido...
Confira a reportagem do Bom Dia Rio, em: http://g1.globo.com/videos/rio-de-janeiro/bom-dia-rio/t/edicoes/v/especialista-fala-sobre-os-impactos-da-instalacao-de-um-complexo-petroquimico-em-itaborai/1857633/
O emissário terrestre/submarino do Comperj, obra da Petrobras que despejará toneladas diárias de esgoto petroquímico no litoral de Maricá, está praticamente pronto. Assim, mesmo sendo um empreendimento ilegal, cheio de irregularidades e licenciado de forma suspeita, estará em breve poluindo praias, ilhas e pescado deste município e de outros, como Niterói. Não há mais o que fazer, infelizmente, a não ser cobrar das autoridades mais fiscalização, além de denunciar os impactos. E lamentar.
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