A nota abaixo foi publicada na Coluna do Gilson Monteiro, em O Globo-Niterói do último domingo (18/3). Obrigado, Axel, por sua coragem em denunciar tão grave e inaceitável mudança de planos da Petrobras. E também por jogar um pouco de luz sobre algumas das espúrias e obscuras relações de permuta entre os governos federal e estadual, a Petrobras e a prefeitura de Maricá.
O ambientalista Axel Grael, ex-presidente da FEEMA, revela que a construção de um emissário submarino para despejar resíduos químicos do Comperj a 3,9 quilômetros da costa na Barra de Maricá era a alternativa mais cara para a Petrobras e a menos indicada para o ambiente.Quando dirigia o órgão, a empresa assinou com ele o compromisso de recircular o esgoto do polo petroquímico. Não entende "porque foram para o plano B". Em contrapartida, a estatal dará R$ 60 milhões para a prefeitura de Maricá construir uma rede de esgoto com 238 quilômetros, cobrindo menos de um terço do município, e o PAC 2 vai alocar mais R$ 33 milhões para essa obra.
O emissário terrestre/submarino do Comperj, obra da Petrobras que despejará toneladas diárias de esgoto petroquímico no litoral de Maricá, está praticamente pronto. Assim, mesmo sendo um empreendimento ilegal, cheio de irregularidades e licenciado de forma suspeita, estará em breve poluindo praias, ilhas e pescado deste município e de outros, como Niterói. Não há mais o que fazer, infelizmente, a não ser cobrar das autoridades mais fiscalização, além de denunciar os impactos. E lamentar.
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