Por: Emanuel Alencar (Blog
Verde de O Globo)
A audiência pública que
tratou do processo de licenciamento do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj),
no auditório do Ministério Público Federal (MPF), reuniu 200 pessoas e durou
cerca de cinco horas. Houve uma avalanche de questionamentos à Petrobras, representada
pela diretora de meio ambiente do Comperj Daniella Medeiros. Ela confirmou que
a estatal planeja utilizar o Rio Guaxindiba para o transporte de peças do
empreendimento por uma questão de "cronograma", mas não forneceu mais
detalhes. A medida fere uma das condicionantes da licença prévia concedida em
março de 2008: a inviolabilidade dos rios da Área de Proteção Ambiental (APA)
de Guapimirim.
O professor Mário Luiz
Soares, coordenador do Núcleo de Estudos em Manguezais da Uerj, afirmou que a
necessidade de dragagem do Guaxindiba para a passagem das embarcações traria
impactos negativos à fauna do bosque de manguezal remanescente da Baía de
Guanabara. A possibilidade está sendo avaliada pelo Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O parecer técnico deve ser dado até o
início de setembro.
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