Confirmada pela Petrobras a promessa de extrapolação da carga de efluentes petroquímicos originalmente estabelecida no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do emissário do Comperj, empreendimento planejado para ser construído por aquela estatal no litoral de Maricá. Óbvio, pois com a inclusão de mais uma refinaria, o descarte deverá, no mínimo, dobrar.
Assim, se o EIA de tal duto já era inconclusivo e repleto de falhas antes mesmo dessa ampliação, agora então virou peça de ficção.
O correto seria fazer um novo EIA, por outra empresa, como foi sugerido na reunião ordinária do Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca, no último dia 19, incorporando a nova refinaria e corrigindo as falhas e carências do primeiro. E claro, encontrar uma outra e menos impactante forma de descartar os efluentes (reutilizando-os ou reciclando-os?), que, no atual projeto, atingiriam diretamente a área marinha de uma unidade de conservação de proteção integral, o Parque Estadual da Serra da Tiririca, além do berçário marinho das Ilhas Maricás, da pesca artesanal, do banho de mar, do turismo, etc.
Fonte: NN - Redação. Postado em 22.08.2011, 10:25 am.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, detalhou, na última sexta-feira, o projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), abordando as mudanças que incluem a inclusão de uma nova refinaria. A primeira planta tem a previsão de entrar em operação em 2013 e a segunda, em 2018. A unidade petroquímica entra em operação em 2013. O empreendimento foi repensado em virtude do crescimento do consumo de derivados, que, segundo o diretor, segue firme em 2011. No primeiro semestre, o acúmulo foi de 6,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em todo o ano de 2010, o crescimento foi de 8,4% .
O diretor também ressaltou o impacto econômico para o município de Itaboraí, que abrigará o Comperj, e para a região. Serão instaladas indústrias de 2ª geração e de transformação, indústrias consumidoras de material plástico, além de empresas do setor de serviços, entre outras atividades. Quanto à formação de mão de obra local, Paulo Roberto Costa destacou o treinamento, por meio do Centro de Integração do Comperj, em São Gonçalo, de cerca de 7 mil pessoas de 11 municípios do entorno. Em 2011 serão mais 6 mil pessoas, e a expectativa total é de 30 mil trabalhadores treinados.
(Disponível em http://www.euleionn.com.br/petrobras-inclui-mais-uma-refinaria-no-comperj)
O emissário terrestre/submarino do Comperj, obra da Petrobras que despejará toneladas diárias de esgoto petroquímico no litoral de Maricá, está praticamente pronto. Assim, mesmo sendo um empreendimento ilegal, cheio de irregularidades e licenciado de forma suspeita, estará em breve poluindo praias, ilhas e pescado deste município e de outros, como Niterói. Não há mais o que fazer, infelizmente, a não ser cobrar das autoridades mais fiscalização, além de denunciar os impactos. E lamentar.
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