Notícia de O Barão de Inohã, jornal
virtual de Maricá, comprova início das obras de implantação do emissário
terrestre/submarino do Comperj em
junho. Ou seja, caso a justiça não aja rápido e com rigor
contra este empreendimento ilegal (vide postagens anteriores deste blogue,
sobre as irregularidades do licenciamento), em breve o litoral maricaense e de
municípios vizinhos estarão recebendo diariamente as toneladas de porcarias
petroquímicas "tratadas". E os ecossistemas e habitações próximos ao traçado
terrestre, também estarão sujeitas a impactos vários. Isso tudo, ressalte-se,
mesmo havendo alternativa menos impactante e de domínio da própria Petrobras.
Por: O Barão
de Inohã
Petrobras
apresenta medidas para minimizar impactos das obras de implantação do emissário
do Comperj em Maricá
Conselho
das Cidades instituiu grupo de fiscalização para acompanhar as obras
A Petrobras
- responsável pelo projeto de implantação do emissário de efluentes do
Comperj - apresentou, na quarta-feira (11/06), à Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Urbano, as medidas criadas para minimizar os
impactos durante a realização da parte terrestre das obras. Entre as ações
anunciadas pela empresa estão a criação de passagens exclusivas para
pedestres e estacionamento privativo com vigilantes para os moradores das vias
diretamente afetadas pelas escavações. As intervenções começaram em Inoã,
na última terça-feira (10/06), na Rua 60, no cruzamento com a Rua 41, e na
Avenida B, no cruzamento com a Rua 28. A secretaria havia mostrado preocupação com
os eventuais transtornos e vai acompanhar a execução das medidas propostas.
A obra
consiste na implantação do emissário que tem a função de transportar o efluente
industrial produzido no Comperj até a praia de Itaipuaçu, atravessando as
cidades de Itaboraí e Maricá. "A obstrução das ruas causa transtornos na
rotina diária dos moradores. A Prefeitura buscou junto a Petrobras formas para
minimizar ao máximo o prejuízo gerado à população. Essa é a nossa função",
destacou o secretário Alan Alves, que é também o presidente do Conselho
das Cidades.
No último encontro, realizado no dia (06/06), entre membros do Conselho das Cidades de Maricá e secretários municipais, a Petrobras apresentou a empresa contratada pela execução das obras - a Construtora OAS S.A -, o método construtivo e o projeto de implantação do emissário. O conselho mostrou-se preocupado com os transtornos de dificuldade de acesso e os possíveis danos que possam ser causados nas ruas próximas a instalação da tubulação. Ainda na ocasião, o presidente do conselho instituiu a formação de um grupo com membros da sociedade civil e dos poderes executivo e legislativo para fiscalizar as obras. "Iremos acompanhar de perto cada etapa da obra realizada em Maricá e estaremos em contato com os moradores", declarou Alan, que informou o telefone da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano para esclarecimentos e dúvidas (2627-8065).
Com 45 km de extensão, a obra foi
dividida em quatro trechos, três deles em Itaboraí e o último em Maricá de 15 km (10 km na área urbana e 5 km na área rural). Segundo o
projeto da OAS, em Maricá, a obra envolve ações no Bosque Fundo, em
Cassorotiba, além da Avenida B e da Rua 60. Segundo a empresa, a obra é
executada por quadras obstruindo pequenos trechos das vias, em geral, cada
intervalo de 60 metros
é finalizado em uma semana de trabalho. De acordo com o superintende
operacional da OAS e gerente do empreendimento, Fernando Stremel, antes de
serem lançados, os efluentes serão tratados em uma estação dentro do próprio
complexo, seguindo as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama). "Esses efluentes tratados serão lançados no mar, a quatro quilômetros
da costa, de forma que a dispersão garanta níveis seguros de concentração dos
componentes no meio ambiente", explicou o superintendente, também
responsável pela apresentação de um vídeo institucional da OAS.
O
superintendente ressaltou que desde que receberam a autorização da Petrobras
para início das obras uma equipe especializada em tecnologia estuda
minuciosamente cada ponto do projeto. "Além disso, temos estratégias
diferenciadas para atuar junto com as comunidades envolvidas esclarecendo-lhes
sobre o processo de implantação do emissário", declarou.
De forma
preventiva, a empresa acrescentou que foram realizados diversos encontros com
os moradores para explicar a obra, projetos de educação ambiental e de trânsito
destinados especialmente para alunos das escolas municipais no entorno das
intervenções, além de visitas domiciliares que traçaram um diagnóstico
socioambiental da região.
(Disponível
em: http://obarao.blogspot.com.br/2014/07/recordando-petrobras-apresenta-medidas.html.
Publicada em 16/7/2014)
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